Vou seguindo as trilhas
Salpicadas de luz ou sombras
Vagueando entre mil ilhas
Que me acolhem sem delongas.
Sou um eterno peregrino
Em busca de sonho e de amor
E nem sequer imagino
Que exista guerra e horror.
Às vezes aporto ao que parece
Ser o instante inesperado,
Então a ilusão desaparece
E em absurdos me desespero.
Mas sei que assim é a vida
Num dia se tem no outro se vai
Não adianta manter retida
Uma esperança que se esvai.
É puro sofrer a indecisão
De ter e não ter mais,
É como abrir o coração
Ao gume de mil punhais.
Mas é preciso caminhar
Entre o horror e a guerra
E ainda saber sonhar
Uma ínfima quimera.
H.C
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