terça-feira, 4 de agosto de 2015

The Lives Others ( título original, no Netflix.)

O local é Alemanha. A época, a ocupação nazista. Numa casa, um escritor reúne artistas para discutir assuntos relacionados ao horror do momento. Um deles sugere que ele, como escritor, necessita escrever um artigo sobre os suicídios ocorridos durante a ocupação nazista em toda a Europa. Fornecem-lhe uma máquina de escrever portátil, impossível de ser rastreada pelo regime. Ele namora uma moça que faz teatro, por isso é visto várias vezes em público. A moça  encena roteiros satíricos ao regime, feitos por ele. Então, o escritor fica sob suspeição. Arma-se um arsenal de escutas na casa do escritor, num momento em que ele sai. E é colocado uma espécie de estúdio próximo, onde se registra tudo o que se passa no apartamento dele. Certo dia o escritor coloca na vitrola a nona sinfonia de Beethoven, e conversando com os amigos dissidentes, revela que Lênin havia dito certa vez, ao escutar essa música, que não poderia ouvi-la todos os dias senão jamais faria uma revolução. O soldado nazista que monitora a casa do escritor chora ao ouvir a música em seu posto de escuta. Compreende o que Lênin, líder da Revolução Russa de 1917, quis dizer com aquela frase. Então, seus sentimentos com relação àquele grupo mudam e ele compreende que todos deviam ser bons, e não  torturar e matar. Começa a surrupiar informações sobre o que observa na casa vigiada. O escritor escreve o  artigo e o publica usando um codinome. O artigo sai nas capas de todas as revistas importantes do país. Os nazistas acham que só pode ser ele quem o escreveu. Indagam ao soldado que monitora a casa, mas ele nega que tenha visto ou ouvido qualquer coisa a respeito. O soldado passa a ser suspeito de acobertar dissidentes, mas ninguém tem provas contra ele. Voltam-se então para namorada do escritor, a que trabalha no teatro. Dizem-lhe que já sabem de tudo e que só querem que ela revele onde fica escondida a máquina de escrever do escritor. Caso contrário, ela jamais pisará novamente num palco alemão, pois ficará presa para sempre. Ela, com medo, confessa onde a máquina está guardada. A casa deverá ser imediatamente invadida, só que o soldado que a  monitorava vai na frente, entra no apartamento do escritor e retira a máquina de escrever.  Então a moça chega, e pouco depois os guardas nazistas aparecem para revistar a casa. Quando a moça cruza os olhos com os do namorado, sai correndo porta a fora e se joga embaixo de um caminhão em movimento. Sabendo onde a máquina está escondida,  os guardas abrem o local, mas nada encontram. A moça não teve tempo de saber que a máquina sumira. Sem máquina, eles resolvem arquivar o caso e prender o soldado que vigiava a casa do escritor. Ele passa quatro anos preso. Cai o muro de Berlim. Termina a guerra.  Um dia o escritor soube por um nazista que a casa dele vivia sob eterna vigilância. Ele não entende por que nunca foi preso. Resolve averiguar junto a um órgão que mantém arquivados todos os crimes perpetrados pelos nazistas. A moça que o atende diz que o processo dele é constituído de duas peças. Uma pasta fina que entrega a ele, e vai buscar o resto que chega num carrinho empurrado por um empregado,  umas vinte pastas contendo toda sua história. Na pasta fina ele se depara sempre com uma sigla, HTD e as páginas em branco. Pergunta ao rapaz da recepção quem é HTD e ele vai procurar no arquivo de nomes. Sai dali e  vai procurá-lo, mas não tem coragem de lhe abordar.
  Um dia o homem vai passando por uma livraria e vê o retrato do escritor em tamanho grande, uma propaganda do último livro dele intitulado: Balada para um Homem Bom. O suposto nazista folheia as primeiras páginas e lê o oferecimento: A HTD, minha gratidão por ter me salvo. Vale a pena conferir no Neflix.

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