Um nome aflora nos
intrincados
Recessos da memória.
Trêmulo, despido, sem cor
Como uma pétala de rosa
Guardada nas páginas de um
livro.
Um nome esquecido, levado
Pela enxurrada de outros rios
Que passaram sob a ponte.
Um nada. Um nome, apenas,
Coberto de fuligem e de asas
De pássaros descuidados
Pousados na janela.
Saída do nada,
Uma dor nasceu dentro do
peito
Como um trovão em céu perdido
Ou um relâmpago sobre
Vagos campos.
Nem sabe quem é ou quem foi.
Apenas um nome esquecido
Que já cruzou esta trilha
Pisou a relva
Bebeu a seiva
Revolveu a terra
E só deixou
Escombros.