segunda-feira, 23 de março de 2015
sábado, 21 de março de 2015
1808- livro de Laurentino Gomes
Sábado de chuva
Curtindo esse sábado, lendo 1808, do autor Laurentino Gomes, sobre a fuga de D. João VI de Portugal para o Brasil. O autor fala dos desmandos que já existiam naquele tempo. Só as riquezas em ouro que foram para Portugal equivaleriam, hoje, a 30 bilhões de reais...
segunda-feira, 16 de março de 2015
Poema de Cecília Meireles
CANÇÃO A CAMINHO DO MAR
Foram montanhas? Foram mares?
foram os números...? — não sei.
Por muitas coisas singulares
não te encontrei.
E te esperava, e te chamava,
e entre os caminhos me perdi.
Foi nuvem negra? maré brava?
E era por ti!
As mãos que trago, as mãos são estas.
Elas sozinhas te dirão
Se vem de mortes ou de festas
Meu coração.
Tal como sou, não te convido
a ires para onde eu for.
Tudo que tenho é haver sofrido
pelo meu sonho, alto e perdido
— e o encantamento arrependido
do meu amor.
quinta-feira, 12 de março de 2015
A Cruz de Morrigan
Estou lendo um curioso livro da escritora americana Nora Roberts, A CRUZ DE
MORRIGAN, o primeiro da Trilogia do Círculo. O início da história se passa no
século 12 e, de repente, atravessando um portal, um homem chega ao século 21.
Ele busca o irmão, morto por vampiros, para trazê-lo de volta
à vida. A autora demonstra possuir grande conhecimento sobre as religiões
neopagãs, especialmente a Wicca. O Yule é um dos festivais sazonais que reúne
essas manifestações religiosas. Celebrada no solstício de inverno, no
hemisfério norte, é dedicado ao nascimento do deus solar.
As extensões de terras desabitadas, adentrando para florestas densas,
de súbito se abrem e surgem cachoeiras e sombras e musgos que constituem
o reino das fadas.
Aquele que busca o irmão passa por despenhadeiros de pedras e por lagos que
roubam o azul de suas águas do céu de verão. Nota-se que a autora, que já
publicou mais de 200 livros, sabe a que se propõe quando decide escrever suas
histórias. A CRUZ DE MORRIGAN é uma saga fascinante, de forças do bem que lutam
contra as forças do mal.
Os outros dois livros que compõem A Trilogia do Círculo são: Corpo de Baile
e o Vale do Silencio.
Comentário de Helena Cunha
quarta-feira, 11 de março de 2015
Pesquisa no google: Gaia
Significados de Gaia :
[Mitol.]- Gaia, Géia ou Gê, era uma personalidade da mitolo-
gia grega, uma das Deusas Primordiais, a deusa da Terra.
Gaia era dotada de uma potencialidade geradora absurda,
pois teria gerado: Urano, Pontos, os Cíclopes, os Andrógi-
nos, os Hecatônquiros (gigantes de cem mãos) etc.
Com urano, seu filho, teria gerado os chamados 12 titãs
clássicos .
Gaia personifica a base onde se sustentaram todas as
coisas.
terça-feira, 10 de março de 2015
O Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, cita pensamentos do poeta que jamais foram expressos em sua poesia ou prosa. É como se ele escrevesse para si próprio, sem censura, sem pejo do que fossem pensar a seu respeito. Há uma total descrença de tudo nesse livro. Um deboche aos que perdem tempo com o amor, conversas ao redor de uma mesa posta para um chá, visita a um amigo. São eventos sem qualquer significação para ele. Quando diz que “a loucura chamada afirmar, a doença chamada crer, a infâmia chamada ser feliz — tudo isto cheira a mundo, sabe à triste coisa que é a terra”, está realmente declarando que nada vale a pena, nem a poesia, nem os sonhos, nem a vida. Ainda assim, o livro é de uma grandeza sem par.
Comentário de Helena Cunha.
Fernando Pessoa - Livro do Desassossego
"Meu domínio foi outrora de vales fundos. O som de águas que nunca sentiram sangue regava o mundo dos meus sonhos. O copado das árvores do que esquece a vida era verde sempre nos meus esquecimentos. A lua era fluida como água entre pedras. O amor nunca veio àquele vale e por isso tudo ali era feliz. Mero sonho, sem amor, sem deuses em templos, passando entre a brisa e a hora una e sem que soubesse saudades das crenças mais bêbadas, mais escusas."
segunda-feira, 9 de março de 2015
O Diálogo da Loucura
O Diálogo da Loucura, meu último livro publicado pela editora Clube de Autores, é um mergulho na alma humana, com todas as suas idiossincrasias, virtudes e rasgões de personalidade. Nele encontramos a perfídia, a indiferença, a paixão, o amor, a covardia, a bravura e a vingança. Cada personagem do livro traz um pouco desses pendores, com predominância para o melhor ou para o pior.
O Diálogo também é uma declaração de amor ao Ceará, terra tão exaltada por romancistas, poetas, pintores e compositores cearenses. As lembranças trazidas da minha infância, de férias passadas no agreste, na casa de meus avós, são revividas no livro de forma contundente, intercaladas de beleza e de horror.
Tão fortes foram essas impressões, que se me tornou impssível viver longe da terra natal por demasiado tempo. Faziam-me falta os odores da terra molhada no inverno, e da lenha queimando no mato em noites escuras. O fragor das enxurradas arrastando as sementes para o nada e a paisagem causticada pelo sol durante as prolongadas secas, estão descritos no livro da mesma forma como os presenciei em tempos idos.
O livro retrata uma época de esplendor dos meus oito anos. Em cada linha dedicada a este solo sagrado e teimoso, expresso meu agradecimento aos céus por ter-me permitido habitar neste pedaço de mundo tão amado.
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